Anualmente o Prof. Antônio Augusto leva três ônibus com alunos de Direito, Psicologia, Medicina Veterinária, Enfermagem, Fisioterapia, Ed. Física, Nutrição e Odontologia à Aldeia Pataxó.
“Em abril de 2019, através do Professor Doutor Antônio Augusto Nogueira Matias, coordenador do Projeto de Intercâmbio Cultural – Aldeia Pataxó, o qual me proporcionou, bem como a outros colegas, a oportunidade de conhecermos, pela primeira vez, uma aldeia indígena, localizada na cidade de Carmésia – MG.
Foi uma experiência realmente inesquecível, conhecer a cultura, os costumes, rituais, cantos, danças, artesanatos, etc. E o que mais me marcou, foi que naquele momento, eu me identifiquei com a causa indígena, comecei a ter uma visão completamente diferente do que já tinha visto, por meio da televisão, revistas, livros e internet. Não só numa visão antropológica, também passei a ter um olhar crítico na questão social-política do Brasil desde a colonização, passando pela ditadura militar até os dias atuais.
Visita à Tribo Pataxó -Abril de 2019 – Alunos Ygor, Ronaldo e professor Antônio Augusto
Tive a oportunidade de participar, como um dos relatores, sob coordenação do Prof. Antônio Augusto, do 2º Jogos Indígenas de Minas Gerais, realizado em Carmésia – MG, onde tive contato com indígenas das doze etnias que atualmente vivem em Minas Gerais, ficando ainda mais admirado com a diversidade cultural que temos no Estado.
Desde a primeira viagem, eu comecei a ter um contato muito próximo com as lideranças da Aldeia Pataxó, principalmente com o Cacique Hâpe Mezaque e o Vice-cacique Xé Pataxó, dos quais cultivei uma boa e verdadeira amizade.
O mais gratificante, na Festa das Águas, ocasião em que recebi o convite para ser batizado como um Pataxó, fato que me emocionou bastante, pois, ali senti que nossa amizade estava selada para sempre, e muito mais, eles já me consideravam como um integrante da família.
Batismo do ex-aluno Ygor – Abril de 2019
Meu batizado ocorreu em abril de 2019. O batismo indígena de uma pessoa de fora da aldeia, significa que esta pessoa foi aceita pela comunidade e passa a ser considerada com um membro da aldeia, como um irmão dos filhos legítimos desta terra. Me atribuíram o nome indígena Kawatá Xohã (Coração Guerreiro).
Realmente foi um momento de muita emoção, onde passou um filme na minha cabeça, de cada momento que passei com os índios, de ver esse laço de amizade cada vez mais estreito, e assim, mais certo e confiante, de que vale muito a pena lutar pela preservação do nosso maior patrimônio cultural.
Sou eternamente grato ao Professor Antônio Augusto e à UNIVERSO, por terem me dado esta oportunidade única, por proporcionarem isso aos seus alunos, e de uma forma muito nobre, demonstrarem o respeito e admiração à nossa cultura indígena”.
Relato do ex-aluno Ygor Yvens sobre a visita à aldeia indígena Pataxó sob a orientação do Professor Antonio Augusto.